quarta-feira, 28 de março de 2007

O Amontoado de Livros...


Sara encontrava-se melancólica…
Não sabia o que fazer…
Precisava de se ocupar com algo…
Levantou-se do seu puff, que tinha lugar num canto do seu quarto, e dirigiu-se à janela… Ninguém na rua… Suspirou…
Caminhou pela sua casa situada numa aldeia do interior na esperança de encontrar algo que ocupasse a sua mente… Nada…
Abriu e fechou portas, gavetas… A monotonia era cada vez maior…
Regressou ao quarto… Olhou para o amontoado de livros de direito que se encontravam sobre a sua secretária de pinho e, num impulso de revolta, derrubou-os como se de um monte de lixo se tratasse…
Os livros caíram ao chão, desamparados, espalhando-se como uma gota de água…
Sara permaneceu imóvel durante alguns segundos… Assim que se apercebeu do que acabara de fazer, caminhou em direcção aos livros como se um sentimento de culpa a tivesse invadido…
Baixou-se lentamente e começou a recolher os livros um a um, livros esses que os seus pais lhe tinham dado com tanto esforço, amor e carinho para facilitar a compreensão e aprendizagem de alguma teoria do seu curso de Advocacia…
No meio daquele amontoado de livros, emerge, como que por magia, uma foto…
Uma foto não muito antiga… Teria no máximo dois anos…
Nela encontravam-se pessoas muito importantes para Sara… Algumas delas via-as frequentemente… outras nem por isso…
Pousou os livros que tinha na mão sobre a cama de solteira e sentou-se no chão de madeira… Começou a vasculhar entre os restantes livros que se encontravam ainda no chão… As fotos iam surgindo aos poucos e poucos… Fotos de momentos inesquecíveis… fotos de diversão… espírito de sacrifício… de companheirismo… de amizade… fotos de momentos que nunca mais se tornariam a repetir…
Pessoas que se separaram devido a maneiras diferentes de pensar, colegas que não passavam de meros colegas… amigos que se separaram devido a rumos diferentes que a vida os obrigou a tomar…
Sara apercebeu-se então de que fileiras de lágrimas percorriam a sua face rosada e macia… Chorava e nem tinha dado por isso…
Sara tinha saudades… Queria voltar atrás no tempo… Queria ter conseguido por a funcionar a máquina do tempo que um dia pensou construir… Sara queria que aqueles tempos regressassem… Mas era impossível… Infelizmente…
Apeteceu-lhe telefonar a todos eles e dizer-lhes o quanto eles tinham sido e ainda eram importantes para ela, apesar de tudo…
Mas o medo de que do outro lado da linha não a reconhecessem, o medo de já ter sido esquecida foi maior…
Então recolheu-se no seu interior… e chorou… Chorou com mais intensidade… Chorou até as lágrimas secarem… Até à fadiga tomar conta do seu corpo…
E então… Adormeceu…
Sara sonhou então com os bons velhos tempos…
Onde o futuro não chega… E onde o presente não se torna passado...

quarta-feira, 21 de março de 2007

O tempo que nos resta...


De súbito sabemos que é já tarde.

Quando a luz se faz outra, quando os ramos da árvore que somos soltam folhas e o sangue que tínhamos não arde como ardia, sabemos que viemos e que vamos. Que não será aqui a nossa festa.

De súbito chegamos a saber que andávamos sozinhos. De súbito vemos sem sombra alguma que não existe aquilo em que nos apoiávamos. A solidão deixou de ser um nome apenas. Tocamo-la, empurra-nos e agride-nos. Dói. Dói tanto! E parece-nos que há um mundo inteiro a gritar de dor, e que à nossa volta quase todos sofrem e são sós.

Temos de ter, necessariamente, uma alma. Se não, onde se alojaria este frio que não está no corpo?

Rimos e sabemos que não é verdade. Falamos e sabemos que não somos nós quem fala. Já não acreditamos naquilo que todos dizem. Os jornais caem-nos das mãos. Sabemos que aquilo que todos fazem conduz ao vazio que todos têm.

Poderíamos continuar adormecidos, distraídos, entretidos. Como os outros. Mas naquele momento vemos com clareza que tudo terá de ser diferente. Que teremos de fazer qualquer coisa semelhante a levantarmo-nos de um charco. Qualquer coisa como empreender uma viagem até ao castelo distante onde temos uma herança de nobreza a receber.

O tempo que nos resta é de aventura. E temos de andar depressa. Não sabemos se esse tempo que ainda temos é bastante.

E de súbito descobrimos que temos de escolher aquilo que antes havíamos desprezado. Há uma imensa fome de verdade a gritar sem ruído, uma vontade grande de não mais ter medo, o reconhecimento de que é preciso baixar a fronte e pedir ajuda. E perguntar o caminho.

Ficamos a saber que pouco se aproveita de tudo o que fizemos, de tudo o que nos deram, de tudo o que conseguimos. E há um poema, que devíamos ter dito e não dissemos, a morder a recordação dos nossos gestos. As mãos, vazias, tristemente caídas ao longo do corpo. Mãos talvez sujas. Sujas talvez de dores alheias.

E o fundo de nós vomita para diante do nosso olhar aquelas coisas que fizemos e tínhamos tentado esquecer. São, algumas delas, figuras monstruosas, muito negras, que se agitam numa dança animalesca. Não as queremos, mas estão cá dentro. São obra nossa.

Detestarmo-nos a nós mesmos é bastante mais fácil do que parece, mas sabemos que também isso é um ponto da viagem e que não nos podemos deter aí.

Agora o tempo que nos resta deve ser povoado de espingardas. Lutar contra nós mesmos era o que devíamos ter aprendido desde o início. Todo o tempo deve ser agora de coragem. De combate. Os nossos direitos, o conforto e a segurança? Deixem-nos rir... Já não caímos nisso! Doravante o tempo é de buscar deveres dos bons. De complicar a vida. De dar até que comece a doer-nos.

E, depois, continuar até que doa mais. Até que doa tudo. Não queremos perder nem mais uma gota de alegria, nem mais um fio de sol na alma, nem mais um instante do tempo que nos resta.


Paulo Geraldo

segunda-feira, 19 de março de 2007

Courage

Esta música foi usada por uma grande amiga minha num vídeo sobre anorexia... Pra quem não sabe esta letra foi composta por uma pessoa que está a combater esta mesma doença.

Deixo-vos aqui a música... Claro que o filme não é o da minha grande amiga... Porque o da minha amiga tá OTAMENTE!!! =)

P.S.: Mary, cada vez que vejo o teu filme, arrepio-me dos pés à cabeça... =)


I told another lie today
And I got through this day
No one saw through my games
I know the right words to say
Like "I don't feel well," "I ate before I came"
Then someone tells me how good I look
And for a moment, for a moment I am happy
But when I'm alone, no one hears me cry

I need you to know
I'm not through the night
Someday I'm still fighting to walk towards the light
I need you to know
That we'll be OK
Together we can make it through another day

I don't know the first time I felt unbeautiful
The day I chose not to eat
What I do know is how I've changed my life forever
I know I should know better
There are days when I'm OK
And for a moment, for a moment I find hope
But there are days when I'm not OK
And I need your help
So I'm letting go

I need you to know
I'm not through the night
Someday I'm still fighting to walk towards the light
I need you to know
That we'll be OK
Together we can make it through another day

You should know you're not on your own
These secrets are walls that keep us alone
I don't know when but I know now
Together we'll make it through somehow
(together we'll make it through somehow)

I need you to know
I'm not through the night
Someday I'm still fighting to walk towards the light
I need you to know
That we'll be OK
Together we can make it through another day

Superchick

domingo, 11 de março de 2007

How To Save A Life...



Step one you say we need to talk

He walks you say sit down it's just a talk

He smiles politely back at you

You stare politely right on through

Some sort of window to your right

As he goes left and you stay right

Between the lines of fear and blame

And you begin to wonder why you came

Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life

Let him know that you know best
Cause after all you do know best
Try to slip past his defense
Without granting innocence
Lay down a list of what is wrong
The things you've told him all along
And pray to God he hears you
And pray to God he hears you

Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life

As he begins to raise his voice
You lower yours and grant him one last choice
Drive until you lose the road
Or break with the ones you've followed
He will do one of two things

He will admit to everything

Or he'll say he's just not the same
And you'll begin to wonder why you came

Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life


The Fray

quinta-feira, 8 de março de 2007

Resultados do Questionário...



Ora desde já agradeço a quem perdeu um bocadinho do seu precioso tempo pra responder ao meu questionário...

Para quem não sabe e queira saber, vou então revelar quais as respostas certas e fazer um breve comentário acerca das respostas...

Chamo-me Diana Rute Silva Santos ( e não DA SILVA não é Dona Carolina e Senhor Pedro?!)...
As minhas séries favoritas são o Lost, Heroes e Prison Break (nunca poderia ser Invasion simplesmente porque ainda não comecei a ver :p)...
O que gosto mais de fazer é ver filmes (a grande maioria respondeu bem... MUITO BEM =D... estão atentos... XD)
O livro que mais me marcou foi o Rosinha, Minha Canoa pois foi numa época muito complicada... Sei que o nome não puxa (eu sei que sim, pois o livro foi-me aconselhado e eu na altura pensei «está a gozar comigo, não?»... mas a verdade e que se revelou um livro com uma grande lição de vida...) mas acreditem que é um livro interessante... Aqui acertou a Parreirinha, o Cristóvão e o Jorge... Sim senhor, muito atentos!!
Quanto à negativa tenho a dizer que só uma pessoa é que acertou... (Beto, Muito Bem!!!) Pois é... A negativa foi a educação física e passo a explicar: 5º ano, turma TERRÍVEL... professor chega ao LIMITE e... Teste ESCRITO surpresa... Ora questões para lixar... Toda a turma tira nega... Teste é anulado e não conta pra nota... e ainda bem, senão lá se ia o meu 5 =D Portanto meus amigos, nunca tive nega a português e muito menos a matemática...
O meu medo é mesmo da solidão e esta questão foi acertada por todos... (porque será?!?! lololol)
Relativamente ao instrumento musical, foi mesmo o piano... Ainda aprendi durante 3 anos... A flauta não conta... =P
Quanto ao local de trabalho, eu gostaria era mesmo de trabalhar no INEM!!! A conduzir as ambulâncias então... ui ui... lololol Só mesmo uma doida, né?? (então e o que é que eu sou...?) Aqui as respostas foram diversas...
Quanto à cor, é mesmo o rosa... Sim Jorge, tens alguma razão no que disseste e acredito que este também seja o ponto de vista do Beto... «O preto enquadra-se mais à minha personalidade (variações de humor e tal, estado de espírito... =P)»... Mas eu gostava de ser rosa...
A ultima questão quase que foi o descalabro total!!! Os únicos a acertar foram a Parreirinha e o Pedro (Pedro podes ter tido 30, mas acertas-te a mais difícil =D...) Seria mesmo um irmão gémeo... Senhor Cristóvão, acha mesmo que seria uma irmã gémea?!?!?! Eu aturar-me a mim mesma?!?!?! Aí sim seria o descalabro completo XD

Pronto meus amigos, aqui fica um pouco de mim... Admito que fui mazinha no questionário, mas se fosse fácil não me teria dado o gozo que deu ao ler as vossas respostas lolololololololololol

Beijos

P.S.: Pronto ok, não foi breve XD
P.S.2: PARABENS PARREIRINHA!!!!! =D